
Cresci em uma casa onde a música sempre esteve presente. Às vezes arriscava tirar alguma melodia de ouvido no teclado do meu pai e quando tinha uns nove anos pedi para estudar piano. Aprendi a ler partituras e descobri esse lugar onde corpo, instrumento, pensamento e sentimento se encontram.
Estudei até me formar no conservatório, que foi também quando entrei na faculdade de psicologia e deixei de tocar, por dar prioridade a outras atividades. Anos depois, quando fui morar fora do Brasil, às vezes batia aquela saudade de tocar e comecei a arriscar no violão.
Com o passar dos anos, o desejo de poder me expressar através da música foi crescendo, assim como a vontade de tocar com outras pessoas. Essas gravações são o resultado desse processo de auto-conhecimento e desenvolvimento.