
A Catalunya nasceu lá pelo século IX e se expandiu pelo Mediterrâneo até perder sua independência em 1714, passando a ser governada pela Espanha. Chegou a recuperar sua autonomia em 1932 mas depois da Guerra Civil (1936-1939) se instaurou a ditadura de Franco, abolindo todas as instituições de autogoverno catalãs e inclusive proibindo o uso do idioma catalão. Com a morte de Franco em 1975, a democracia foi restabelecida e dois anos depois foi feito um novo estatuto de autonomia, sendo este revisado e novamente aprovado em 2006, o que lhes concede autonomia governamental mas no econômica. Em 2014, no referendo sobre a independência da Catalunya 80% dos participantes responderam que querem que a Catalunya seja um Estado e que este Estado seja independente. Dois anos depois, a discussão sobre SE e COMO se independentizar continuam…
Morei em Barcelona muitas vezes e sinto que nunca retornei à mesma cidade que deixei; talvez essa multiplicidade de dimensões seja, para mim, sua característica mais apaixonante! Quando cheguei pela primeira vez, em 2007, nem sabia da existência da Catalunya e me surpreendi ao ver que tudo estava escrito em dois idiomas. As construções de Gaudí e outros modernistas, assim como a visita ao Teatre-Museu Dalí (em Figueres) me deram a sensação de estar em um lugar mágico e surreal. Em um primeiro momento conheci a Barcelona "turística": as Ramblas, os restaurantes do Port Olimpic, o mercado da Boqueria, a praia de Barceloneta e seus chiringuitos, o Barri de Gràcia e o Barri Gòtic…
Com o tempo descobri que na Barceloneta existem inúmeros bares e restaurantes interessantes escondidos nas vielas e que a melhor hora para caminhar pelo Bairro Gótico é de manhã cedo ou à noite, quando as lojas estão fechadas e não há tantos turistas. Que "Rambla" é um tipo de rua larga com grande movimentação de pedestres, cujo nome significa "leito de rio seco" (o que me pareceu muito simbólico, já que é um rio de pessoas que passa por lá…) e que cada bairro tem a sua Rambla, assim como seu mercado de verduras e outros alimentos. Que existem lugares com acervos culturais super interessantes e acessíveis, como a Filmoteca e o CCCB. Que o Raval inspira certa insegurança à primeira vista mas pode ser uma caixinha de surpresas agradáveis e que o Parc de la Ciutadella é praticamente um circo ao ar livre, com gente desafiando a corda bamba, música, dança… Entre os feriados locais (como as festas de cada bairro, que acontecem no verão) e os festivais internacionais de música, cinema e cultura é difícil acompanhar o ritmo da cidade!
Em toda a Catalunya há diversos lugares interessantes, como Montserrat (onde uma caminhada pela montanha, para mim, excede a beleza da visita ao Monastério), as praias do Litoral Norte (como Badalona e Sant Pol de Mar), a Costa Brava, o Vinseum e as vinícolas (como a Freixenet), os parques naturais (como o Parc del Garraf), sem contar os restaurantes de cocina pagesa (tradicional) escondidos entre uma cidadezinha e outra. Ufa!




Parc Güell

Parc Güell

Parc Güell

Parc Güell

Sardana

Llibreria les Punxes

Sagrada Familia

Sagrada Familia

Casa Batlló

Casa Batlló

Plaça d´Espanya


Arc de Triomf

Parc de la Ciutadella