

Ferry Barcelona - Porto Torres

Porto Torres (entre o homem e a natureza existe química...?)

Punta Falcone

Punta Falcone

Punta Falcone

Stintino

Stintino




Lago di Baratz

Lago di Baratz

Spiaggia di Porto Ferro

Spiaggia di Porto Ferro

Chegando a Alghero
Sardegna
2015 (1 semana)
A viagem desde Barcelona durou cerca de 12 horas e a chegada à Sardegna não foi muito inspiradora, já que o primeiro que vi foi a zona industrial de Porto Torres. Nos primeiros dias pedalei pelo noroeste e notei uma grande diferença com relação à Ibiza (onde tinha passado o mês anterior): maior movimentação de carros, menos respeito com a bike, distâncias maiores... ao mesmo tempo fui descobrindo lugares maravilhosos, como a Punta Falcone e a cidade de Alghero (relativamente pequena e muito charmosa, com sua costa amuralhada)
Antes de chegar a Bosa encontrei com um amigo sardo que foi meu anfitrião nos dias consecutivos. Com ele pude ter uma noção maior da variedade cultural da ilha e percorrer tudo em menos tempo, já que passamos a viajar de carro. Ele me falou sobre as construções pré-históricos e sobre a cultura nurágica, que se desenvolveu a partir do século XVI a.C (alguns estudiosos chegaram a afirmar que a Sardegna deste período seria a lendária Atlântida). Visitamos San Giovanni di Sinis e as ruínas da cidade fenícia de Tharros (fundada no século VIII a.C, que já possuía uma arquitetura pensada para captar, armazenar e escoar a água!). Conheci Cagliari, a capital, com seu grandioso castelo e agito cultural e Nuoro, cidade natal de Grazia Deledda (única escritora italiana que recebeu o prêmio Nobel).
Ao longo de todo o caminho, passamos por diversas paisagens: dunas, bosques, montanhas, lagos (mistura de água doce e salgada). Também vi moinhos de vento e descobri que a Sardegna possui o record italiano de produção de energia eólica e muitas iniciativas sustentáveis (contrariando a primeira impresão que tive da ilha). Por outro lado, há a possibilidade de que parte de seu território seja usado como depósito de lixo radioativo e existem movimentos sociais se mobilizando contra esse decreto.

A bandeira sarda (denominada "dos quatro mouros") representa a vitória sobre os sarracenos, mas sua origem ainda é controversa.

A Sardegna foi habitada por civilizações pré históricas, pela misteriosa população Shardana, pela cultura nurágica, pelos fenícios, pelos romanos, pelos árabes, pelos catalães e foi autônoma por um breve período de tempo, até se tornar parte do Reino da Itália, em 1861. Em diversas ocasiões a ilha foi explorada e saqueada, fazendo com que muito de sua riqueza (principalmente arqueológica) lhe fosse subtraída. Atualmente a Sardegna é uma região autônoma da Itália que também possui um movimento independentista. Os idiomas oficiais são o italiano e o sardo, mas na região de Alghero também se fala o alguerês (dialeto do catalão).