Levamos coisas pessoais, barraca e uma panela. À noite, fazíamos fogo para cozinhar e para nos aquecer; era gostosa a sensação de estar na natureza (foi a primeira vez que eu acampei “selvagem” por tantos dias). Havia muito espaço livre, mas era difícil encontrar algum que não tivesse dono. Tivemos alguns contratempos (às vezes com “mafiosos”, às vezes com proprietários ou com a polícia), mas no geral as pessoas eram simpáticas e receptivas e vinham nos trazer laranjas, comida, ou até nos convidar para dormir em suas casas.

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    Foi minha primeira viagem de bike e acredito ter sido a melhor maneira de conhecer melhor a Itália: sentir o cheiro da erva doce e das azeitonas pela estrada, ver os camponeses e suas cabras, chegar nas cidades pequenas e conversar com as pessoas, às vezes até compartilhar um vinho em alguma cantina... Era inverno e praticamente não havia turistas então chamava bastante a atenção quando chegávamos com duas bikes carregadas. Poucos acreditavam que conseguiríamos chegar a Palermo, mas nós atingimos o objetivo!