Ao norte de Buenos Aires está o Delta do Rio Paraná, onde ele se divide em diversos afluentes, formando ilhotas de terra. Alguns são maiores e com mais tráfego de barcos, outros menores e atravessados apenas por galhos e camalotes (tipo de vegetação aquática). Tínhamos quase uma semana para viajar e saímos com os caiaques e a barraca desde Tigre em direção ao norte, com o objetivo de cruzar para o Uruguay quando o rio ficasse mais estreito. À medida que subíamos o rio, a paisagem ia se transformando: ilhas povoadas e cobertas de grama verde deram lugar a casas solitárias e úmidas; plantas verdes e flores se alternavam com juncos e capivaras. Bastava seguir o curso do rio e deixar a mente flutuar.

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    O repelente foi essencial na viagem: assim que o sol se punha podíamos escutar o exército de mosquitos famintos vindo. Também havia uma infestação de taturanas nesta época e elas chegavam até a subir no caiaque, mas não tivemos grandes problemas. Infelizmente, o tempo foi curto demais e só conseguimos percorrer metade do caminho até o Uruguay, mas ainda assim valeu a pena.