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Viaghja - I Chjami Aghjalesi
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Corse

2015 (15 dias)

    Conversando com alguns moradores, descobri que o grande Napoleão nasceu nesta ilha. Da mesma forma que na Sardegna e nas Baleares, alguns corsos querem a independência, se diferenciando tanto dos franceses quanto dos italianos (possuem um idioma próprio, o corso, que se assemelha um pouco ao italiano, mas com uma escrita totalmente diferente).

     Perto de Cevione, decidi tomar uma estrada que ia pela montanha (Route de la corniche), a qual atravessa 5 vilarejos construídos no meio da montanha. Vi macieiras, castanheiras e outras árvores frutíferas, além de um novilho (selvagem?). Na entrada das cidades sempre havia um cemitério, causando uma estranha sensação de ser recepcionada sempre pelos mortos antes de conhecer os vivos.

     Ao chegar em Bastia, pretendia tomar um ferry até Livorno, mas não havia mais lugar. Estava chovendo a cântaros, e por sorte consegui um anfitrião na cidade através do couchsurfing. No dia seguinte, continuava chovendo e a tempestade fez com que todos os barcos fossem cancelados, me obrigando a ficar um dia a mais em Bastia. O que pude conhecer do centro histórico me pareceu muito bonito, ainda que não tenha podido explorar muito devido à chuva. Depois de dois dias, finalmente parti em direção à Livorno e à última parte da viagem

Bandeira Corsa

Foram 50 minutos de viagem desde Santa Teresa di Gallura (Sardegna). A chegada a Bonifacio me deixou boquiaberta: a cidade mimeticamente se erguia sobre o rochedo e conforme o barco se aproximava, era possível começar a distinguir as casas incrustadas na montanha. Creio que devido à proximidade das duas ilhas elas acabam se influenciando mutuamente (além do fato de que a Córsega já pertenceu à Itália), criando uma cultura comum bem peculiar.

Passei alguns dias na casa de um amigo, em Portovecchio e visitei os arredores através da Route de Piccovagia, que atravessa lagos e praias. Depois de alguns dias descansando, parti com a bike em direção ao norte, cruzando bosques até chegar em Conca, onde acampei ao lado de um rio. Córsega então começou a se mostrar um pouco mais selvagem que a Sardegna, além de ser bem mais montanhosa. Existe uma grande cordilheira no lado oeste e por isso eu segui pela costa leste, passando por praias e por uns lagos de água doce e salgada (étang). Em determinado momento, tive que cruzar por uma zona militar (que eu esperava que estivesse abandonada) e começou a anoitecer, me obrigando a acampar por lá. Logo descobri que estes lagos são o habitat preferido dos mosquitos, o que me fez ficar confinada na barraca enquanto o sol se punha, já que estava sendo completamente devorada. No dia seguinte, a agradável visita de um pescador que quis me oferecer um peixe que tinha acabado de tirar do mar, mas que infelizmente não pude levar, já que não tinha a menor estrutura para cozinhar.

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